domingo, 12 de junho de 2011

Violência no campo: João Pedro repudia assassinatos e exige providências

Violência no campo: João Pedro repudia assassinatos e exige providências
Leia a transcrição do discurso:
A sociedade brasileira vem acompanhando o debate sobre o Código Florestal. A Câmara acaba de aprová-lo. Está chegando um debate importante, que ganhou relevância. Veja que, além da responsabilidade do Congresso, da sociedade, nós temos que conviver, Senador Pedro Taques, com a opinião internacional sobre o fazer, o elaborar o Código Florestal.
É nesse contexto do debate sobre floresta, sobre o Código -- e não poderia ser diferente -- que devemos repudiar os assassinatos e exigir providências das instituições competentes -- prender, impedir outras lideranças -- para que homens simples, mulheres simples lá da Amazônia possam viver com dignidade, possam ser protegidos dos criminosos que atacam de forma covarde, Srª Presidenta.
Eles fazem e dão a vida discutindo a floresta, defendendo a floresta, fazendo da forma mais dramática o debate sobre a importância de preservarmos a Floresta Amazônica, esse território que é um dos poucos no mundo

LUTAR POR JUSTIÇA E LIBERDADE!

Acordo prevê proteção para ameaçados de morte no AM





Deste total, 11 atuam no movimento agrário no município de Lábrea, a 702 quilômetros ao sudoeste de Manaus, onde morava Adelino Ramos, assassinado em maio.

Manaus - Órgãos estaduais da área de segurança, Ministério Público do Estado (MP-AM) e a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus) assinaram, ontem, um acordo para garantir a proteção de lideranças ligadas ao movimento de reforma agrária ameaçadas de morte no Amazonas.

Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra do Amazonas (CPT-AM), o Estado possui 30 pessoas ameaçadas de morte por defenderem causas ambientais em áreas de conflito agrário. Deste total, 11 atuam no movimento agrário no município de Lábrea, a 702 quilômetros ao sudoeste de Manaus, onde morava o líder do Movimento Camponês Corumbiara (MCC), Adelino Ramos, assassinado no final do mês passado.

O acordo foi anunciado, ontem, pelo governador Omar Aziz e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após reunião na sede do Governo do Amazonas. Entre as principais ações definidas pelos governos estadual e federal estão a atuação de forças federais de segurança no Sul do Amazonas e a elaboração de um plano preventivo para evitar conflitos agrários nessa região.

A Polícia Civil, o Tribunal de Justiça do Amazonas e os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual também vão adotar medidas conjuntas para acelerar a conclusão de inquéritos policiais relativos a homicídios. A partir deste sábado, uma força tarefa formada por 70 homens da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança começam a atuar em Lábrea, no extremo sul do Estado.

Todas estas ações no Amazonas fazem parte da operação ‘Defesa da Vida’, lançada no último dia 2 em Brasília, pela presidenta Dilma Rousseff, para combater mortes no campo nos Estados do Pará, Rondônia e Amazonas. A reunião em Manaus contou com a presença de representantes dos poderes executivo, legislativo e judiciário, incluindo secretários de Estado, órgãos federais, desembargadores, Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça, Forças Armadas, Polícias Federal, Militar e Civil.

No Amazonas, o principal alvo da operação será o combate ao comércio ilegal de madeira, identificado pelo governador Omar Aziz como a principal ameaça de conflitos na área. “O Amazonas não tem tradição em crimes de pistolagem, o que vem nos preocupando é o desmatamento ilegal, que não nos traz nenhum benefício e pode gerar conflitos”, disse Omar, ao ressaltar que a abertura de estradas para o transporte de madeira é seguido da ocupação irregular do solo, criando as condições de conflito. Omar Aziz lembrou que esta foi a motivação do assassinato do agricultor Adelino Ramos, no final de maio em Rondônia. Adelino era líder do Movimento Camponês Corumbiara, do Distrito de Vista Alegre do Abunã, em Rondônia, mas também atuava em movimentos contra exploradores ilegais de madeira no Sul do Amazonas.

Caso Adelino Ramos e Gênesis Félix

Escrito por Assessoria DGPC

Postato em 12 Junho 2011

Última atualização 12 Junho 2011

presopc








Caso Adelino Ramos e Gênesis Félix


Caso Adelino Ramos: fim da primeira fase da investigação

Na última quarta-feira, 08/06, encerrou-se a primeira fase da investigação do caso Adelino Ramos.

O inquérito policial foi concluído com a autoria do crime indicada para o investigado Ozias Vicente, por meio de um consistente lastro probatório constante dos autos.

As investigações prosseguem visando, a partir de agora, apurar possível participação de terceiros, seja de forma direta, indireta ou como mandante do crime.


Caso Gênesis Félix: cinco capturados e sete mandados de prisão cumpridos

Também na última quarta-feira, 08/06, a Polícia Civil ainda autou na captura de cinco preventivados e ainda cumprimento da prisão de outros dois que já estavam recolhidos por outros motivos.

Em diligências ao distrito de Vista Alegre do Abunã/RO, a Polícia Civil capturou M.A.R., J.V., P.J.S., Z.J.S. e O.P.

Os cinco foram presos e encaminhados para a Central de Flagrantes, sendo providenciada o encaminhamento ao presídio de Porto Velho.

Estes investigados são acusados de terem participado da morte do também trabalhador rural, Gênesis Félix, em Lábrea/AM.

Também foram cumpridas as prisões de J.G.M., vulgo "Ceará Popó" e O.V., expedidas na mesma decisão judicial da Comarca acima citada.

O primeiro foi preso semana passada na operação Dinízia II, organizada pela Polícia Federal em conjunto com a Polícia Civil e Polícia Militar.

Por sua vez, O.V. é o suposto autor da vítima Adelino Ramos.

Na nova etapa de investigação do caso Adelino Ramos, esta decisão judicial de Lábrea/AM que demonstra vínculo anterior dos investigados com vistas à prática de crime contra a vida de trabalhador rural será novamente investigada para verificar se também ocorreu no caso da vítima Adelino Ramos.

FAMÍLIA DE SUSPEITO DA MORTE DE ADELINO RAMOS FEZ AMEAÇAS, DIZ DELEGADO


Padre morreu defendendo a vida de seus semelhantes.Quanta injustiça!

Entre os dias 16 e 17 de Julho de 2011, acontecerá em Ribeirão Cascalheira - MT, na Prelazia de São Félix do Araguaia, a ROMARIA DOS MÁRTIRES DA CAMINHADA, como tema: TESTEMUNHAS DO REINO. A cada cinco anos, no mês de julho, milhares de pessoas se encontram em Ribeirão Cascalheira - MT, para realizar uma romaria dedicada à memória daqueles que foram mortos defendendo a vida. É um encontro que celebra causas: a indígena, a de negros e negras, mulheres marginalizadas, meninos e meninas de rua, dos operários,os dos sem terra. Os participantes da caminhada renovam seu compromisso com as lutas pela Vida e pela Justiça.

A história

Vindos de um encontro indigenista na área dos Tapirapés, o bispo de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, e o padre jesuíta João Bosco Penido Burnier, coordenador-regional do Conselho Indigenista Missionário (CIMI/MT), desembarcam no povoado com a intenção de participar da festa em homenagem à padroeira. Informados da situação, seguem direto à delegacia para interceder pelas mulheres...

Santana e Margarida são respectivamente a nora e a irmã de um sitiante que, na defesa do próprio filho, atirou e matou um soldado da região. “O soldado tinha prometido matar o filho dele. Quando foi à fazenda cumprir a promessa, o velho já estava esperando e atirou. No dia seguinte, um grupo de dez militares veio atrás”.

Como não encontraram o autor do disparo, levaram presas as duas mulheres e iniciaram uma sessão de tortura para forçá-las a revelar seu paradeiro. “Elas foram forçadas a ajoelhar no milho, em tampas de garrafa, tiveram as unhas e o bico dos seios furado com agulha”, relata outra testemunha do episódio, Eva Domingues da Rocha.

Casaldáliga participará da romaria.
(Foto: Sandra Carvalho)
Ao chegar à delegacia, Casaldáliga e Burnier encontram quatro soldados de prontidão. Eva, que mora nas proximidades do local, é capaz de ouvir quando o padre avisa aos militares que a situação será denunciada às autoridades em Cuiabá. A advertência, porém, não surte efeito algum.

Em vez disso, os policiais se mostram cada vez mais tensos e passam a chamar os religiosos de comunistas e subversivos. Dentre eles, quem decide tomar a iniciativa é o soldado Ezy Ramalho Feitosa, que ataca Burnier com um soco e, em seguida, desfere uma coronhada que o lança ao chão.

Depois, um tiro na cabeça. “Ouvimos tudo, sem poder mostrar reação”, lamenta o marido de Eva, José Carlos da Rocha, um dos primeiros a socorrer o padre em agonia. “Foi como se todo o povoado tivesse parado no tempo, sem saber para onde ir”.

A partir daí, o que se seguiu foi uma tentativa desesperada de salvar a vida do missionário. Atendido em condições precárias no próprio povoado, o padre foi levado em um avião monomotor até o Instituto Neurológico de Goiânia (GO), onde morreu, no dia seguinte.

Padre João Bosco Burnier
Responsável pelo despertar, sete dias depois, de uma pequena revolução naquele distante povoado do Araguaia , a morte de Burnier ainda hoje é um dos mais fortes símbolos da luta travada entre os grandes grupos econômicos apoiados pela ditadura militar e os milhares de peões, índios e posseiros que insistiam em ficar e construir na região o seu futuro.

Simboliza também o destino de tantos outros que, no mais das vezes de forma anônima, perderam a vida em favor de quem menos podia. Desde a sexta-feira, no mesmo local onde Burnier foi assassinado, estes mártires são lembrados por milhares de romeiros, vindos de todas as partes de Mato Grosso, de vários estados do Brasil e até do exterior.

A Romaria dos Mártires da Caminhada - realizada em julho para facilitar a participação dos visitantes, jovens da cidade apresentaram uma peça teatral que reconstituiu o episódio trágico ocorrido há mais de três décadas. 
                                           
                                                   OBSERVAÇÃO
 
Senhores...Sempre foi assim,por essa e por outras pedimos em favor da revisão de pena de Claudemir Gilberto Ramos ,antes que vire mais uma vítima do sistema que somente é acionado depois que o mal já está feito e as pessoas já estão mortas.
Pedimos para as autoridades em geral,que ólhem com carinho para a causa que levou e a formar-se um Comitê em defesa da vida! Não queremos mais mortes! chega de tanta retaliação...queremos vida,liberdade e paz.
Pedimos pela defesa das vidas de Padres e Freiras que em desigualdade vivem ameaçados de morte,com a cabeça a premio tal qual Claudemir,sómente por defenderem os mais humildes os injustiçados.
Tem que haver um basta nessa imoralidade,dando chanse de defesa  a quem por direito o exige.
Que País  é esse que todos gritam que é democrático,mas que essa democracia existe sómente para os ricos,os capitalistas abastados que tem dinheiro suficiente para comprarem a própria liberdade.
Pedimos que haja revisão do processo que incrimina Claudemir Gilberto Ramos,que além de nada provarem de concreto contra o mesmo,acaba de perder o pai,num crime brutal e revoltante,que o mesmo não teve se quér o direito de velar o homem que lhe deu a vida!
Isso Senhores é de fazer chorar o coração mais duro e incencível.
Ajoelhamos ante os pés dos senhores que tem as leis nas mãos tal qual JESUS  no Horto das Oliveiras.para pedir clemenencia por esse sobrevivente,que perdeu o direito a tudo,não sendo bandido,nem deliquente é caçado tal qual um animal.