sábado, 13 de agosto de 2011

HOMENAGEM DO DIA DOS PAIS AO MAIOR HERÓI QUE O BRASIL JÁ TEVE,MEU PAI!



Meu pai era um líder, meu herói, cumpriu sua missão! Deus deu a missão do bem e o demônio deu a missão do mal para cada ser humano cometer a maldade que quiser; Deus deu a missão do bem para todos, mas os do mal preferiram ficar com a missão da maldade, e sei que muitos dos ideais da esquerda da qual faço parte não acredita em Deus. Eu acredito e sirvo a este Deus do bem, todo poderoso.
Seu filho, Jesus Cristo, morreu por nós. Para mim, o maior revolucionário do mundo, que morreu de braços abertos, ressuscitou no terceiro dia e vive em nós. Cada um tem seu livre arbítrio, eu sou do caminho de Deus, da justiça para todos, da moradia digna, do salário digno, da saúde e da educação para todos. E terra para trabalhar, terra da qual ninguém e dono, e sim Nosso Deus, que deixou a terra para ser igualitária para todos.
Deixou a natureza para ser respeitada, a floresta para gerar vida, água para beber, ar puro para refrescar do calor, para nos alimentar, para os animais viverem, assim como para os nossos irmãos índios viverem em seus lares, viverem sua liberdade. Tudo isso Deus nos deixou, mas não está sendo respeitado por homens do mal, gananciosos, poderosos, assassinos da floresta, de seres que vivem na floresta assassinando os que defendem a floresta, assim como Chico Mendes.
Meu pai, como tantos outros no mundo todo, como o casal do Pará, José Cláudio Ribeiro da Silva, conhecido como Zé Castanha, e sua esposa, Maria do Espírito Santo, que vivia da extração de castanhas, denunciava a ação de madeireiros e carvoeiros na região.
Pela luta em defesa da natureza, pela construção de um país mais humano, caiu em combate no dia 24 de maio de 2011 no assentamento Praia Alta da Piranheira, executados a tiros por pistoleiros a serviço de madereiros.
Como dizia seu Zé Castanha: “A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo. A mesma coisa que fizeram com a irmã Dorothy, querem fazer comigo. Eu posso estar hoje aqui conversando com vocês, daqui a um mês vocês podem saber a notícia que eu desapareci”.
Na construção de um outro mundo justo, igual e cheio de alegria, lembraremos os companheiros que caíram em combate e gritaremos com alma e coração: "José Claudio e Maria - PRESENTES!"
Meu pai não morreu, foi assassinado, tiraram sua vida na marra, da maneira mais covarde possível. Mataram a tiros na frente de suas filhas de dois e quatro anos, na frente de sua esposa. Ainda bem que não matou as filhas e a esposa. Ele ia vender verduras produzidas em sua terra para dar sustento à família, afinal os sem terra querem a terra para isso para produzir e alimentar sua família, não como alguns que pegam a terra para negócio de exploração.
É verdade, tem muitos sem terra que não dão valor à luta e se vendem. Esses são os maus sem terras, baderneiros, mas temos que separar o joio do trigo.
Meu pai foi um bom exemplo para a sociedade. Deu sua vida para o bem do ser humano e de nossas causas sociais. Pai, meu querido, o capitalismo nos separou por onze anos, e com muita tristeza que digo isto, nem no seu enterro pude ir. Sei que o senhor morreu, mas mesmo vendo as fotos que foram publicadas pela imprensa eu não consigo acreditar que o senhor se foi. Tenho que aceitar a realidade. Muitas vezes me deu vontade de ir com o senhor para lutar, mas como o senhor sabia, se eu tivesse ido teria morrido muito antes do senhor, pois minha cabeça estava a prêmio por latifundiários de Rondônia.
Fui condenado em um julgamento da justiça de Rondônia. Pra mim, injustiça é lutar por meu direito a Reforma Agrária e tantos outros que estavam pela Fazenda Santa Elina, em Corumbiara. Hoje vivo fugindo como se fosse bandido, por lutar por meus direitos de cidadão. Não cometi crime algum, até porque não existe prova nos autos do processo. Fui torturado, dado como morto pela Polícia Militar e jagunços fardados que assassinaram vários na Fazenda Santa Elina, inclusive a menina Vanessa, de 6 anos, morta a tiros por homens covardes.
Assim como o senhor, Pai, uma semana antes de sua morte sonhei com o senhor assassinado por tiros. Fiquei a semana toda angustiado, mas como não podia prever o futuro mataram o senhor, meu pai, meu herói, meu exemplo de vida. Honrarei a lei de Deus como está na Bíblia Sagrada: honrarás seu pai e sua mãe, e farei seguindo seu bom exemplo, pois sei que o senhor tinha erros, como todos os seres humanos.
Pai, o que eu não pude pedir em vida pedirei agora, e espero que o senhor esteja junto de Deus, pois oro a Deus para perdoar seus pecados e o receber como um anjo no céu. Pai, me perdoa pelos erros que cometi, que magoaram o senhor e que não foi do seu bom exemplo e assim. Peço perdão a Deus!!!
Em toda a esfera da sociedade, comunidade, povoados, família, temos que ter um líder, seja mulher ou homem, para nos orientar, se organizar, se formar, se unir para trabalhar e lutar por nossos direitos de ser humanos que somos, e um destes líderes foi meu pai, meu herói.
Te amo, Pai, eternamente em nome de nossa família descanse em paz no paraíso e ao lado de nosso Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo.
Hasta la victoria, siempre!!! (Che Guevara). Hay que endurecer pero sin perder la te
rnura jamás

Massacre de Corumbiara: Rede Brasil Atual destaca projeto de João Paulo


São Paulo – O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) apresentou projeto de lei para anistiar os trabalhadores rurais de Rondônia condenados pelo episódio conhecido como massacre de Corumbiara, ocorrido em 1995. “O massacre de Corumbiara impôs uma nódoa indelével na história dos direitos humanos e na luta pelo acesso a terra no Brasil e, ainda hoje, continua vitimando inocentes, perpetuando as arbitrariedades e injustiças praticadas pelos agentes públicos do Estado brasileiro”, afirma o parlamentar. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara considera que a condenação de Claudemir Gilberto Ramos e Cícero Pereira em 2000 foi injusta, uma vez que se baseou em investigações iniciadas pela Polícia Militar e concluídas pelo Ministério Público com base em relatório da Polícia Civil, conforme informado pelo promotor do caso em entrevista à Rede Brasil Atual. Do lado dos policiais, foram condenados o capitão Vitório Regis Mena Mendes e os soldados Daniel da Silva Furtado e Airton Ramos de Morais, mas os mandantes do crime, fazendeiros da região e comandantes policiais, tiveram as provas contra si descartadas pelo Judiciário antes mesmo de serem levados a júri. Em 1995, trabalhadores rurais ocuparam parte dos 20 mil hectares da Fazenda Santa Elina, em Rondônia, considerada um latifúndio improdutivo. Apesar de as negociações por uma desocupação pacífica haverem avançado, policiais militares e pistoleiros invadiram o local durante a madrugada, dando início a um conflito que matou ao menos nove sem-terra e dois agentes de segurança. Após a situação controlada, os comandantes da Polícia Militar deram início a uma sessão de torturas e de humilhação. “Nosso país tem um compromisso inadiável de reparar, através dos meios judiciais e materiais disponíveis, todas as violações que foram perpetradas contra os trabalhadores rurais em Corumbiara”, pondera o parlamentar, para quem a anistia aos trabalhadores é apenas parte do trabalho. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que integra a Organização dos Estados Americanos (OEA), manifestou em um relatório que havia graves violações nas investigações, que haviam claramente privilegiado a versão dos policiais, em detrimento do relato dos trabalhadores. Por isso, a entidade recomendava a realização de um novo julgamento, e apenas não solicitava o julgamento do Brasil na Corte Interamericana porque os fatos ocorreram antes da entrada do país no sistema jurídico da OEA. Esta será uma das chaves para a argumentação de João Paulo em torno do projeto de lei. Além disso, existe a defesa de que a falta de punição aos crimes fundiários funciona como um incentivo a novas mortes resultantes de ações violentas a mando de fazendeiros, como os que se tem visto neste ano no Pará e em Rondônia. Neste caso, a vítima foi Adelino Ramos, pai de Claudemir e sobrevivente do massacre de Corumbiara, assassinado em 27 de maio deste ano em Vista Alegre do Abunã. “A morte de Adelino Ramos é um crime que veicula um duro recado aos trabalhadores rurais da região e de todo o país, no sentido de que o Massacre de Corumbiara não foi suficiente para eliminar todas as lideranças daqueles que visualizam um Brasil mais justo e solidário”, lamenta João Paulo. Fonte: Rede Brasil Atual

Rondônia não possui Programa de Proteção a Vítimas de Ameaças de Morte


O Estado de Rondônia ainda não conta com o Programa de Proteção a Vítimas de Ameaças de Morte. O governo só assinou o protocolo de intervenções para a implantação do programa no Estado, após o assassinato do líder camponês de Corumbiara, Adelino Ramos.
De acordo com a Pastoral da Terra, a entidade divulgou um relatório no ano passado com possíveis sete nomes ameaçados de mortes em Rondônia, e uma das vítimas era Adelino Ramos.
 
A informação chegou até o Ministério Público Federal, que pediu providências para a secretaria de segurança pública de Rondônia. O secretário de segurança pública de Rondônia, Marcelo Bessa informou que nenhum documento foi encaminhado a ele.
 
Em julho, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, informou que 131 pessoas ameaçadas passaram a receber proteção policial por meio de programas do governo federal na região, após mortes de ativistas ambientais e trabalhadores rurais no Norte do país este ano. O grupo foi identificado a partir do cruzamento de dados fornecidos pela Comissão Pastoral da Terra  e por movimentos de trabalhadores rurais com registros das ouvidorias Agrária Nacional e a da própria secretaria.
 
Um levantamento feito pela CPT contabiliza 641 casos de violência no campo, com 918 mortes, em estados da Amazônia Legal, de 1985 a abril deste ano.  Do total, somente 27 casos foram a julgamento, menos de 5%.  Nesse período, 18 mandantes de crimes e 22 executores foram condenados e 17 executores absolvidos.  O Pará têm o maior número de vítimas dos conflitos, com 621 pessoas assassinadas. Em todo o país, ocorreram 1.580 mortes no campo nos últimos 26 anos, de acordo com a entidade.
 
No fim de maio, quatro ambientalistas foram assassinados no Norte, três no Pará e um em Rondônia.  A morte do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo na zona rural de Nova Ipixuna (PA) ganhou repercussão nacional.  Na época, a presidenta Dilma Rousseff determinou o envio de equipe da Força Nacional para conter a violência no campo.  E a CPT apresentou ao governo uma lista de 165 pessoas que foram ameaçadas mais de uma vez.  Destas, 30 tinham sofrido tentativa de assassinato.
 
Autor: Portal Amazônia, Com Informações da TV Rondônia

Senado aprova anistia a policiais e bombeiros do Rio


ANDREA JUBÉ VIANNA - Agência Estado

O plenário do Senado aprovou hoje projeto de lei concedendo anistia aos bombeiros e policiais militares do Rio de Janeiro que fizeram greve e manifestações em junho reivindicando melhorias salariais. A anistia é estendida aos policiais militares e bombeiros de mais 13 Estados. A matéria segue para votação na Câmara dos Deputados.

O projeto do fluminense Lindbergh Farias (PT) tinha sido aprovado em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas um recurso fez com que fosse apreciado também no plenário. Com isso, o benefício foi estendido aos policiais militares e bombeiros da Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, do Tocantins, Distrito Federal e de Alagoas. Eles também haviam organizado manifestações por aumento salarial e respondiam a processos disciplinares e acusações de crimes militares.

O senador Lindbergh Farias afirmou que a aprovação da matéria contribui para reduzir o clima de tensão entre os parlamentares e os policiais militares. A categoria pressiona o Congresso há meses, reivindicando a votação da PEC 300, que aumenta os salários desses profissionais e cria um piso nacional para a categoria. O governo é contrário à proposta, que elevaria os gastos públicos em um momento de crise financeira mundial e ajuste fiscal obrigatório no Brasil.

Apenas o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) se absteve da votação, dizendo-se contrário à "anistia por atacado" dos 432 militares que invadiram o quartel central dos bombeiros militares do Rio em junho. Para ele, seria preciso avaliar a ação individual de cada manifestante.

COMENTÁRIOS

MUITO IMPORTANTE ESSA ANISTIA PARA OS MILITARES DE VÁRIOS ESTADOS FOI FEITO JUSTIÇA,AGORA ESTAMOS LUTANDO PELA ANISTIA DOS CAMARADAS DO MCC. JÁ FAZEM 16 ANOS.A LUTA CONTINUA. 16 anos do Massacre de Corumbiara: Uma ferida aberta no coração da Amazônia! Que os deputados e senadores se sensibilizem para essa situação, pois os legisladores tem o poder de elaborar um projeto de lei de anistia para CLAUDEMIR e CICERO. Faltando apenas a vontade política de fazer. Claudemir Gilberto Ramos, juntamente com Cícero Pereira Leite Neto foi julgado e condenado, em 2005, pela morte de dois policiais militares durante o episódio conhecido como Massacre de Corumbiara, em 9 de agosto de 1995, na cidade do mesmo nome , no Estado de Rondônia; Claudemir foi condenado, também, por prática de cárcere privado sob a acusação de ter mantido os agricultores dentro da área de ocupação onde ocorreu o episódio, ou seja a Fazenda Santa Elina. O Massacre de Corumbiara completa hoje, 16 anos.

JOELSON CHAVES DE QUEIROZ

Postado em 12/08/2011 às 11:55