quarta-feira, 8 de junho de 2011

Operação da PF prende irmão de deputado e tenta reduzir violência na Ponta do Abunã

Não poderemos deixar a morte de Dinho cair no esquecimento,sómente lembrado até a próxima morte de algum líder ou politico fluente.




Lebrão: "prisões são perseguições do IBAMA"Lebrão: "prisões são perseguições do IBAMA"Em 2006 o agora deputado estadual José Eurípedes Clemente, conhecido como Lebrão, comandou uma série de movimentos na região do Vale do Guaporé, contrários a atuação do IBAMA e da Sedam na região, que combatiam o desmatamento ilegal. Na época Lebrão dizia que “madeireiro não é bandido” e que assim eram tratados por órgãos de fiscalização.
Claro que madeireiros em sua maioria não são bandidos, mas em todas as áreas existem aqueles que “derrapam” e cometem excessos. Com os assassinatos de lideranças camponesas, dois no Pará e um em Rondônia, na semana passada, Brasília reagiu rapidamente e a Polícia Federal, que vinha há tempos monitorando alguns madeireiros, foi acionada e deflagrou nesta terça-feira a Operação Dinízia II, para combater a grilagem de terras, exploração ilegal de madeira e o banditismo armado, inclusive com cobrança de pedágios, no Sul do Amazonas.
A região vem sendo foco de diversos crimes ambientais e relatos de desaparecimento de lideranças e conflitos chegam quase que diariamente, mas as autoridades demoram em reagir. Quando ocorrem crimes de repercussão, como a morte de Adelino Ramos, líder do Movimento Camponês de Corumbiara, ocorrida na semana passada, o governo se vê pressionado e rapidamente adota medidas como a que está em andamento. Antes tarde do que nunca.
Foram presos nesta terça-feira, Pedro Amarildo Clemente (irmão de Lebrão), Andre Bandeira Macari, Nedio Francisco Carbonera, Pedro Cesconeto, Ivo Armindo Ladwing, José Genário Macedo, vulgo “Ceará Popó” e Nixon Luiz Severino. Todos estão com grandes problemas junto ao IBAMA. Nixon Luiz, por exemplo, possui quatro áreas embargadas na região do sul do Amazonas. E só agora foi preso. Em sua fazenda a Polícia Federal declarou que foram apreendidas diversas armas, “um verdadeiro arsenal”, disse um dos delegados envolvidos na operação. Outro preso, Nedio Francisco Carbonera responde ações judiciais no Paraná, também por crimes ambientais.  Pedro Amarildo Clemente, irmão de Lebrão, já responde a ações penais por crimes ambientais, assim como a empresa S.P. Madeiras LTDA.
Conflitos
Há tempos vem sendo publicados relatos de conflitos naquela região. A Agência Brasileira de Inteligência  - ABIN, já identificou os principais líderes e repassou as informações para a Polícia Federal. Era questão de tempo a prisão dos envolvidos. Mas é preciso chegar mais fundo nessas investigações. Diversos camponeses foram embora da região devido a ameaças, denúncia de que milícias armadas percorrem propriedades também já foram feitas, mas foi preciso um assassinato de repercussão mundial, para que a União se movimentasse e prendesse os acusados.
Parentes
O irmão do deputado Lebrão foi o segundo parente de deputado estadual preso este mês pela Polícia Federal. O irmão do deputado Adelino Follador, Adriano Follador também foi preso no Rio Grande do Sul em uma outra operação, que investigava fraudes em licitações em venda de medicamentos em todo o País, inclusive em Rondônia. Adriano já está em liberdade.
Defesa
O deputado Lebrão disse que as prisões ocorridas nesta terça-feira são “perseguições do IBAMA” a lideranças do setor produtivo.

Obs:Claro que que quem está do lado,vai puchar a brasa sempre para seu churrasco...

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