O Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO) vai cobrar do governo de Rondônia, da Polícia Federal (PF) e do Ibama informações sobre a proteção às pessoas ameaças de morte em razão de conflitos agrários e relacionados ao meio ambiente.
Na manhã desta sexta-feira, 15 de julho, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Ercias Rodrigues, recebeu a esposa de um dos ameaçados, Ivaneide Bandeira. Ela foi ao MPF para tratar das ameaças de morte feitas por madeireiros ao líder indígena Almir Suruí. O procurador informou que vai cobrar o governo estadual a respeito da efetiva implementação do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos e também do Programa de Proteção a Vitimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita).
Em 10 de junho, o governo estadual assinou convênio com o governo federal para a execução dos programas. “É preciso pressa na implantação destes programas porque as situações de conflito podem se ampliar e não queremos que Rondônia repita o caso trágico do Adelino Ramos”, lembrou o procurador a respeito da morte do líder camponês em maio deste ano. “Cada pessoa ameaçada de morte terá um inquérito civil público específico no MPF. Faremos isto para acompanhar de perto cada situação”, informou.
Em relação ao caso de Almir Suruí, Ercias Rodrigues disse que vai cobrar fiscalizações da Polícia Federal (PF) e do Ibama na terra indígena Suruí. Segundo ele, as investigações devem abordar não só a retirada de madeira da área, mas também o aliciamento de indígenas para colaboração na prática ilegal e entrega de armas de fogo aos índios.
Fonte: MPF/RO (www.prro.mpf.gov.br)
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